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Miguel confirma voto contrário à Reforma da Previdência

 

No final de semana seguinte a passagem do presidente Michel Temer para entrega das chaves do Residencial Rubi, o deputado federal Miguel Lombardi declarou voto contrário à Reforma da Previdência. A manifestação do parlamentar limeirense ocorreu ontem (4) durante entrevista ao programa Educadora Meio Dia.

Para Lombardi a nova proposta encaminhada pelo governo é mais do mesmo: penaliza os trabalhadores mais pobres e mantém privilégios para determinados grupos. “A reforma deveria atingir primeiro a classe política, membros do alto escalão do Judiciário e os militares. O privilégio destes grupos é imenso na hora de aposentar. Os mais pobres não podem pagar esta conta sozinho”, apontou.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, espera votar a reforma da Previdência ainda neste ano (PEC 287/16). Após reunião na residência oficial com líderes e presidentes de partidos da base do governo, Maia informou que os parlamentares vão trabalhar para construir as condições de se votar a reforma.

“Fizemos uma reunião com os partidos da base e saímos da reunião com expectativa muito grande de conseguir reunir os votos destes partidos que somam mais de 320 votos”, disse Maia em entrevista ao site da Câmara dos Deputados.

 

| PRESSÃO

Uma dos instrumentos que os partidos da base têm para garantir para o governo é fechar questão no processo de votação da PEC 278/16. Ou seja: as Executivas partidárias obrigam os deputados a seguirem a recomendação do partido na matéria da Reforma da Previdência. O deputado considera esta ação legítima e que enfrentará as sanções do partido. ” A Previdência não tem o meu voto. Vou enfrentar mais uma vez o partido e ficar sujeito às sanções. Mas este é o meu posicionamento”, frisou Lombardi que votou pelo impeachment da presidente Dilma contrariando a recomendação partidária.

“Eu compreendo a preocupação do partido e sei da importância da reforma da Previdência para o Brasil. Mas esta proposta está longe do ideal. Há privilégios que tornam a Previdência regressiva, ou seja, ela beneficia os mais ricos em detrimento dos mais pobres. Isso tem de mudar”, destacou o deputado.